Dunlop introduz novos pneus dianteiros para Moto2

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A temporada dos Campeonatos do Mundo de Moto2 e Moto3 da FIM tem início no Qatar a 8 de março. O Circuito Internacional de Losail recebe 62 dos pilotos mais rápidos do mundo, dando o arranque a uma temporada que culminará em Valência, a 15 de novembro.

Com 16 curvas, seis para a esquerda e 10 para a direita, o Circuito Internacional de Losail, com 5,3 km (3,2 milhas) de extensão, é uma “prova de fogo” para pilotos, equipas e fabricantes de pneus.

Sendo uma corrida noturna, a queda da temperatura da pista representa um desafio para o aquecimento dos pneus e para a produção de calor. Nos testes, as temperaturas variaram entre 38º C e 18º C, o que significa que a Dunlop tem de desenvolver um composto com uma versátil gama de prestações.

Moto2 transforma-se no primeiro ato

Devido às restrições de viagem relacionadas com o Coronavírus, que obrigaram a cancelar a categoria de MotoGP, a corrida de Moto2 passa a ser a atração principal. Os pilotos e as equipas estavam já no Qatar a realizar testes na semana passada, pelo que não se viram afetados pela restrição. Os adeptos poderão viver um novo nível no ritmo de Moto2, graças, em parte, ao intenso desenvolvimento dos pneus Dunlop.

Nos testes, Jorge Navarro (Beta Tools Speed Up) encabeçou a lista de tempos. A sua volta, de 1.58.52, estabelecida num turno de simulação de corrida, não só foi mais rápida do que o recorde da volta de 2019, como ficou a menos de um segundo de várias das voltas mais rápidas da corrida de MotoGP de 2010. O que ilustra bem a melhoria nesta classe numa década de corridas de Moto2, sempre com os pneus Dunlop a equiparem o pelotão.

Pneu dianteiro mais largo: travar mais tarde e maior estabilidade

Depois de extensos testes e dos comentários positivos dos pilotos da Dunlop que os fizeram, Xavier Simeon e Nico Terol, que trabalham em estreita colaboração com a equipa de investigação e desenvolvimento de pneus, a Dunlop decidiu introduzir uma medida de pneu mais larga para a temporada de 2020. Estará disponível no Qatar, em compostos Super Macio e Médio.

No ano passado, a Dunlop incrementou as dimensões do pneu traseiro e este novo pneu dianteiro, mais largo, trabalhará em harmonia com o mesmo. Atributo do novo pneu dianteiro da Dunlop é o desenvolvimento de um piso mais largo, com maior superfície, o que gera aderência superior e estabilidade em curva. Outra área de evolução é a introdução de um novo composto, que permite travar mais tarde e mais forte, por comparação com a anterior geração dos pneus dianteiros.

Uma das curvas mais exigentes no Qatar é a longa e entrecruzada curva que liga as curvas 10 a 11. É encarada como uma curva única, o que significa que os pilotos trabalham sobre o lado esquerdo do pneu durante mais de meio quilómetro, com temperaturas máximas superiores a 120º C, num circuito em que a maioria das curvas são para a direita.

A Dunlop trabalhou no desenho do pneu para reter o calor durante toda a volta, por forma a que os pilotos possam enfrentar este desafio com confiança. Mas o desenvolvimento contínuo dos pneus Dunlop não se foca apenas na performance dos pneus dianteiros.

A Dunlop está a desenvolver um novo pneu traseiro Super Macio para os GP da Áustria e do Japão, mas é possível que o apresente ainda antes. Em Losail, os pilotos de Moto2 terão a opção de escolher entre uma especificação Média e Média Dura.

Moto3: a escolha de pneu condimenta a estratégia de corrida

Para a temporada de Moto3, a Dunlop continuará a fornecer especificações macias e duras dos pneus dianteiros e traseiros aos 32 pilotos que competirão nas 20 corridas de 2020.

As claras diferenças entre ambos os compostos dos pneus obrigam as equipas a tomar decisões estratégicas, o que condimenta ainda mais um dos campeonatos mais disputados do desporto motorizado.