“Contamos com o profissionalismo das nossas equipas”, Nuno Ferreira, Michelin

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Desde a primeira hora da crise pandémica que a Michelin teve como prioridade garantir a saúde e a segurança do pessoal.  A evolução dos acontecimentos, juntamente com a falta de algumas matérias-primas essenciais, fez com que a Michelin parasse todas as atividades industriais e utilizasse o teletrabalho em todas as tarefas comerciais e serviços onde foi possível.

A distribuição dos seus produtos aos clientes manteve-se, ainda que, em algumas alturas, com pouca intensidade, com o objetivo de garantir a manutenção dos veículos dos serviços essenciais (agricultura, transportes, forças de segurança, entidades sanitárias, bombeiros), assim como de pessoas que realizam diversas tarefas imprescindíveis nesta situação sem precedentes.A empresa definiu um pacote de medidas preventivas, com o objetivo de assegurar um ambiente de trabalho em segurança total para os seus colaboradores no momento do retorno à atividade. Estas medidas forma aplicadas de forma rigorosa, respeitando e até ampliando as definidas pelas autoridades sanitárias. Por outro lado, esta situação e as medidas adotadas pelo Governo, juntamente com o contexto internacional existente, também afetaram a atividade da Michelin em Portugal, que conta desde o primeiro momento, com a compreensão dos clientes e com a solidariedade, capacidade de adaptação e profissionalismo das suas equipas, para, em regime de teletrabalho, continuar a funcionar, a acompanhar e a responder às necessidades dos clientes.

Como estão a apoiar os vossos clientes neste momento difícil que o mercado está a viver?
Estamos em permanente contacto com os nossos clientes, com o fim de encontrar fórmulas de colaboração, solidariedade e apoio nesta situação sem precedentes. Identificámos vias alternativas de apoio ao nosso canal de distribuição: assessoramento económico-financeiro, diferentes formações online para aumentar o nível de conhecimento, envio de material de protecção individual, informes periódicos sobre as medidas adotadas, optimização da carteira de pedidos, assegurar um bom nível de competitividade, ajudar a estarem preparados para o futuro imediato.

Que boas práticas estão a ser implementadas pela Michelin para conseguir manter a atividade em segurança?
A Michelin é consciente que neste cenário, e nos próximos meses, é fundamental extremar todas as medidas de segurança e higiene, pelos nossos colaboradores, distribuidores e clientes em geral. Temos um plano rigoroso de retorno à atividade, no qual todas as medidas têm como objetivo principal proteger as pessoas.

É possível contabilizar já os prejuízos causados pela Covid-19?
A evolução dos distintos mercados de pneus demonstram os primeiros efeitos da crise sanitária, mas ainda é demasiado prematuro nesta fase obter conclusões definitivas. Agora é altura de atuar e depende de nós fazer tudo o que é possível para proteger a saúde das pessoas e, ao mesmo tempo, evitar consequências mais prejudiciais para o nosso negócio e para a economia em geral.

Para quando antevê a retoma do setor? E de que forma?
O reinício da atividade terá de começar antes de a pandemia estar totalmente superada. Mesmo que a situação não esteja totalmente superada, um setor tão essencial como o do pneu não pode estar parado. O pneu é um elemento básico para o funcionamento das diversas atividades motoras da sociedade do bem-estar. Indubitavelmente, e por questões elementares de segurança sanitária, deverá ser feita de uma forma progressiva.

Na sua opinião, o que vai acontecer ao setor dos pneus em Portugal pós Covid-19?
No mês de março, a evolução dos mercados demonstra os primeiros efeitos da crise sanitária, mas ainda é demasiado cedo nesta fase tirar conclusões sobre os impactos a médio prazo. Entre março e julho teremos quebras de mercado muito significativas, mais pronunciadas nos segmentos de Grande Consumo, mas também importantes nos segmentos industriais que mantiveram parte da atividade. A médio prazo vai depender muito do momento em que se reative a economia e dos efeitos que esta crise tenha na confiança do consumidor e nas taxas de desemprego. É prematuro indicar um valor, mas é evidente que impactará de forma negativa nos mercados em 2020.

Que mensagem deseja transmitir ao setor para o futuro?
O mais importante é transmitir uma mensagem de otimismo. O pneu é um elemento fundamental nas deslocações de bens, serviços e pessoas. É um ator importante na economia de qualquer país. Na Michelin, respeitando as instruções do governo e das autoridades no âmbito sanitário, faremos tudo o que for possível para abastecer a sociedade da nossa gama de produtos, apoiando a progressiva recuperação da nossa economia.