Pneus terão de reaprender a comunicar com o consumidor

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Há um antes e um depois da Covid-19. No setor dos pneus, nada será igual por força da pandemia. Para os fabricantes auscultados pela Revista dos Pneus, o primeiro elo da cadeia, a retoma passará, também, pela reinvenção da forma de comunicar com o consumidor.

Enfrentar um inimigo desconhecido e invisível obriga a uma grande capacidade de adaptação. E criatividade. Depois do choque inicial, o mercado de pneus começa a tentar reajustar o negócio e as suas dinâmicas à pandemia de Covid-19.

As incertezas ainda são muitas. Mas a batalha trava-se, todos os dias. Segundo os fabricantes do setor a operar em Portugal, nada ficará como dantes. E quem pensar o contrário, estará a ver mal.

André Bettencourt, da Bridgestone, acredita que a recuperação poderá já ter começado. “No entanto, falar em retoma, julgo que só poderá fazer-se bastante mais tarde. Junho e os meses que se seguirão serão a grande incógnita, pois tudo dependerá da forma como o país consegue, verdadeiramente, retomar a sua atividade ou se temos de regressar todos novamente às nossas casas”, adianta.

O responsável vai mais longe e desenvolve: “Mesmo considerando um cenário otimista, não nos parece acertado falar em retoma num espaço temporal inferior a três meses, pois, mesmo que os clientes retomem a sua atividade, a compra de pneus e a manutenção automóvel poderão não ser a prioridade para o consumidor. Retomar a dinâmica do mesmo vai ser algo complicado de alcançar no imediato. Como tal, a retoma será feita, no nosso entender, sempre de uma forma gradual e em função da maneira como o país se for comportando do ponto de vista social e económico. Se as empresas não forem ajudadas, terão de fazer cortes e as pessoas não terão empregos. Tudo isso levará a que a retoma venha a basear-se naquilo que é a engrenagem da economia: riqueza gera riqueza”, acrescenta.

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