“A resposta à crise terá de ser imediata, mas a recuperação será longa”, Rui Chorado, Dispnal

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Ninguém suspeitou que a situação que estava a acontecer na Ásia iria chegar ao ponto em que, hoje, nos encontramos. A Dispnal teve de adaptar a sua estrutura interna e externa, impondo as medidas de segurança a todos os que a ela estão diretamente ligados, como os seus colaboradores e clientes, sem nunca perder o foco na capacidade de resposta que tinha antes da pandemia.

O que mudou na atividade da Dispnal?
Foi uma mudança radical, teve que haver uma adaptação de toda a equipa aos novos processos, mas sempre com a dinâmica que existia antes do vírus por forma a garantir a receção do material e também que as encomendas feitas diariamente fossem despachadas e entregues em tempo útil. De acordo com a estratégia pensada e proposta a cada elemento, tudo funcionou perfeitamente e de acordo com as expectativas.

Que apoio estão a dar aos vosso clientes neste período de pós-confinamento?
O apoio depende, cada caso é um caso. Devido à concorrência e à oferta de imensas marcas o preço já por si fica saturante. Com a existência de relações comerciais, e algumas até bastantes antigas, há uma adaptação a ser estudada, porque também somos distribuidores e não queremos deixar de ser opção, tendo como objetivo sermos competitivos.

Que boas práticas estão a ser implementadas pela Disonal para conseguir manter a atividade em segurança?
Todas aquelas que estão a ser divulgadas e propostas pela DGS. À parte disto, faz-se uma aproximação em termos de união no grupo todo, que permanece junto há muitos anos.

É possível contabilizar já os prejuízos causados pela Covid-19?
Até ao final de Abril, claro que já há uma ideia e números. Após esta data, só o tempo e a análise feita mensalmente o dirá. Esperamos conseguir minimizá-los o máximo possível, dependendo da evolução da Pandemia, pois tudo vai alterando à medida que os meses forem passando.

Para quando antevê a retoma do mercado?
A Retoma vai começar de imediato, mas só o conjunto do universo industrial e comercial no seu propósito pode ditar os seus valores. Penso, sinceramente, que a retoma será lenta e cuidadosa, pois as divergências no seio político da Europa são grandes.

Na sua opinião, o que vai acontecer ao setor dos pneus em Portugal pós Covid-19?
Poderão existir algumas alterações, dependendo da forma como cada empresa vai adaptar a sua estrutura económica de acordo com o seu lucro. As margens vão ser mínimas e o crédito muito mais cuidadoso. Porque os custos serão demasiados, senão houver uma política comercial adaptada a cada empresa.

Que mensagem deseja transmitir ao setor para o futuro?
A resposta à crise tem que ser imediata, mas temos que nos preparar pois, a recuperação, vai ser longa. Para isso, é muito importante cada um saber o que quer e, pôr em funcionamento as suas empresas, com objetivos claros e medidas rápidas. Só se consegue um bom trabalho com boas equipas e unidas, por forma a resolver os inúmeros problemas que irão surgir no dia-a-dia.