Vendas do Grupo Michelin crescem 20,2% em 2022

02 - Vendas do Grupo Michelin crescem 202 em 2022

O Grupo Michelin cumpriu a sua previsão de resultado operacional dos sectores, ao alcançar os 3400 milhões de euros, com um aumento das vendas a rondar os 20,2% em 2022

Num mercado turbulento, e num contexto altamente inflacionário, as vendas da Michelin aumentaram para 28 600 milhões de euros, e o resultado operacional dos sectores totalizou 3400 milhões de euros. O cash flow livre viu-se pontualmente afetado pela inflação e pelas operações de fim de ano. Durante o período 2019-2022, o Grupo demonstrou a resiliência do seu modelo de negócio.

As vendas aumentaram 20,2%, até 28 600 milhões de euros, impulsionadas por uma firme disciplina de preços e pelo rápido crescimento das vendas de produtos não relacionados com os pneus:

– Mercados de pneus aumentaram ligeiramente em 2022, suportados pelas vendas de primeiros equipamentos e pela procura sustentada dos clientes de pneus para camiões e mineração;

– Volumes de vendas de pneus diminuíram, afetados, principalmente, pelo conflito na Ucrânia e pelas consequências da COVID na China, e refletindo a prioridade do Grupo na proteção das margens;

– Efeito preço-mix situou-se em 13,7%, demonstrando a vontade do Grupo de compensar todos os fatores de inflação de custos;

– Vendas de produtos não relacionados com os pneus cresceram 22% a taxas de câmbio constantes, o que confirma o seu forte impulso;

-Efeito de taxas de câmbio positivo de 6,2%, liderado pelo dólar dos EUA.

O resultado operacional dos sectores ascendeu a 3400 milhões de euros, ou 11,9% das vendas, impulsionado pela gestão dinâmica de preços:

– Controlo dos preços permitiu manter a integridade da margem unitária, compensando um recorde de 2700 milhões de euros de aumento de custos;

– Margem operacional refletiu um efeito diluidor de 1,2 pontos devido aos aumentos de preços;

– Cada segmento de atividade contribuiu para melhorar o resultado operacional dos sectores, com uma margem no sector de Especialidades que alcançou os 16,2% no segundo semestre.

Cash flow libre antes de aquisições de -104 milhões de euros. Cash flow livre estrutural de +378 milhões de euros:

– Impacto pontual da inflação no capital circulante, reduzindo o cash flow livre estrutural em 500 milhões de euros;

– 4º trimestre penalizado por cortes de compras e vendas em dezembro de 300 milhões de euros, que serão compensados no primeiro trimestre de 2023.

O resultado global do Grupo melhorou, em linha com os objetivos do plano estratégico “Michelin in Motion 2030”, estabelecidos para cada um dos seus três pilares People, Profit, Planet:

– Sólida e crescente taxa de compromisso dos empregados de 83%;

– Emissões de CO2 para os âmbitos 1 e 2 reduzidas em 17% vs. 2021;

– Taxa de materiais sustentáveis em pneus alcançou uma média de 30%.

O resultado líquido alcançou os 2000 milhões de euros no ano. Será proposto um dividendo de 1,25 € por ação na assembleia geral anual de maio de 2023.

Florent Menegaux, presidente, declarou: “Num ambiente caótico, afetado por uma combinação de crise sistémica, a Michelin obteve resultados sólidos em 2022. Com o nosso futuro em mente, mantivemos todas os nossos investimentos industriais e de I+D. Quero reconhecer o compromisso do nosso pessoal, que contribui, ano após ano, para o bem-sucedido desenvolvimento do nosso Grupo”.

Para 2023, num cenário de procura de mercado débil, o objetivo da Michelin é alcançar um resultado operacional dos sectores superior a 3200 milhões de euros a taxas de câmbio constantes, e um cash flow livre antes de aquisições de mais de 1600 milhões de euros.