Pneus Michelin já aquecem para o MotoGP no Algarve

03 - Pneus Michelin ja aquecem para o MotoGP no Algarve

Pela primeira vez, o Campeonato do Mundo de MotoGP arrancará com o Grande Prémio Tissot de Portugal, de 24 a 26 de março, onde entrará em vigor uma série de alterações. É o caso da Michelin que fez alterações à atribuição de pneus, agora, apenas são disponibilizados dois pneus traseiros e três dianteiros, por piloto

Situado nas colinas a noroeste de Portimão, o Autódromo Internacional do Algarve tem capacidade para 100 000 espectadores. O circuito de 4,6 quilómetros conta com 15 curvas (nove para a direita, e seis para a esquerda), com uma longa larga reta de boxes de praticamente um quilómetro de comprimento, que permite aos pilotos alcançar velocidades superiores a 350 km/h. A combinação do perfil acidentado e das elevadas velocidades do circuito, com o espetacular desnível na descida para a primeira curva, tornam o circuito numa espécie de montanha-russa para os pilotos.

A partir desta temporada, a Dorna Sports renovou o formato dos fins de semana de corridas, com um novo horário para as diferentes sessões de treinos livres, e a inclusão de corridas Sprint na tarde de sábado. Nestas corridas curtas, que cumprirão metade da distância do correspondente Grande Prémio principal, os nove primeiros classificados obterão metade da atribuição habitual de pontos do campeonato.

Este novo conjunto de medidas será aplicado a partir desta sexta-feira, quando ao slot de treinos livres FP1, que se mantém inalterado, se seguir uma sessão de treinos livres FP2 de uma hora. Esta é 15 minutos mais longa do que no passado, para dar tempo às equipas para trabalharem nas configurações das suas motos para a qualificação e para a corrida. Os tempos combinados registados nestas duas sessões determinarão os 10 pilotos que passarão automaticamente à Q2.

Os horários de sábado terão início com a sessão de treinos livres FP3 (30 minutos), ainda que, ao contrário do que sucedia até agora, esta não tenha influência na qualificação. Seguir-se-ão as sessões de qualificação Q1 e Q2, que estabelecerão o ordenamento da grelha, tanto para a corrida Sprint que se seguirá, como para o Grande Prémio de domingo. Como anteriormente, os dois pilotos mais rápidos da Q1 passarão à Q2. A sessão de treinos livres FP4 foi suprimida, para libertar tempo para a corrida Sprint de sábado à tarde, que oferecerá aos espetadores corridas adicionais.

A jornada de domingo continuará a ter início com o warm-up da manhã, embora encurtado em 10 minutos. No caso do Grande Prémio Tissot de Portugal 2023, a partida está marcada para as 14h00, hora local, e a distância total percorrida durante a corrida de 25 voltas será de 115 quilómetros. A volta mais rápida na corrida do ano passado foi para o piloto francês Fabio Quartararo, com um registo de 1 minuto e 39,435 segundos; o anterior recorde da volta, de 1 minuto e 38,725 segundos, registado por Francesco Bagnaia, em 2021, foi superado por cerca de metade dos participantes nos testes de pré-temporada realizados em Portimão, nos dias 11 e 12 de março.

Pneus Michelin no MotoGP
Para esta temporada, foram revistas as atribuições de pneus, e os pilotos dispões, agora, de um conjunto individual de três pneus MICHELIN Power Slick diaanteiros, mais dois compostos traseiros, o que representa menos um do que em 2022. No Grande Prémio Tissot de Portugal, poderão escolher entre os dianteiros Macio, Médio e Duro simétricos, ao passo que as alternativas para o pneu traseiro são o Macio assimétrico e o Médio simétrico.

Embora a temperatura prometa ser suave no Algarve nesta época do ano, a proximidade do oceano Atlântico significa que o tempo pode mudar muito rapidamente. Em caso de chuva, os pilotos poderão escolher entre os dianteiros Macio e Médio simétricos, e os traseiros Macio e Médio assimétricos (composto mais duro no lado direito).

“Para este ano, a Dorna Sports introduziu algumas alterações muito interessantes, que oferecerão aos espetadores mais emoção, sem aumentar o número de pneus que os pilotos utilizam durante o fim de semana”, assinalou Piero Taramasso, responsável dos programas de competição de duas rodas da Michelin. “Conseguimos, inclusivamente, reduzir a quantidade total de pneus que temos de fabricar, transportar e reciclar para cada Grande Prémio, ao restringir a escolha dos traseiros a apenas duas especificações. Esta decisão foi tomada com base no número de pneus realmente utilizados em anos anteriores, dado que, regularmente, um dos três pneus traseiros disponíveis ficava por montar. Mas estes pneus eram pré-aquecidos, e existia sempre a possibilidade de alguns terem de ser reciclados, apesar de não terem sido utilizados”, acrescentou.

“Para a frente, temos os pneus com os compostos Macio e Médio, como previsto, e, no final, decidimo-nos pela especificação Dura de 2022 como terceira opção. Nos testes de pré-temporada, no início de março, avaliámos um novo composto Médio/Duro, que teve boa aceitação, mas a nossa decisão para Portugal foi guiada pela meteorologia, com a previsão de temperaturas ambiente de até 24° C, e de entre 30° C e 35° C na pista. O nosso objetivo é cobrir o espectro mais amplo possível. Por último, mas não menos importante, gostaria de sublinhar a paixão e o compromisso que animaram toda a equipa da Michelin Motorsport durante as férias de inverno, que trabalhou de forma excecionalmente árdua para garantir que 2023 tenha o melhor arranque possível”, acrescentou Piero Taramasso.