Pneus Scorpion Macios não se deixaram intimidar pela lama do Quénia

07 - Pneus Scorpion Macios nao se deixaram intimidar pela lama do Quenia 1

À semelhança do ano passado, a Toyota conquistou o póquer no Safari Rally Kenya 2023, que não desiludiu em termos de espetáculo e, sobretudo, de dificuldade, departamento onde até superou as previsões pessimistas. Como os engenheiros da Pirelli apontaram na análise que antecedeu a corrida, a edição de 2023 do rali africano provou ser mais desafiante e cheio de “armadilhas” do que nos últimos anos

O efeito da chuva, porém, foi além da lama e das condições escorregadias das superfícies já caracterizadas pela baixa aderência. Viram-se ainda mais as pedras pontiagudas, que atormentaram a parte mecânica dos carros, as jantes e os pneus. Os pneus macios proporcionaram a aderência necessária, mesmo nas superfícies mais escorregadias, e resistiram ao enorme número de pancadas que sofreram. 

 Foi precisamente a chuva, no duro dia de sábado, que parecia ter reaberto o destino da prova, até então dominada por Sebastien Ogier, a favor do campeão do mundo Kalle Rovanpera, que na última e mais longa especial do rali , a SS13, diminuiu a desvantagem pela metade. O finlandês soube, de facto, tirar partido da largada em último lugar e do terreno secou rapidamente ao longo de uma etapa que, para os seus rivais tinha sido cheia de lama, sulcos inundados de água. Mas não foi o suficiente: o francês conseguiu recuperar o atraso no último dia, depois de ter perdido um pouco de terreno na primeira etapa da manhã de Malewa 1, a mais traiçoeira de todo o rali, que apresentou ainda mais desafios fruto da forte chuva que se fez sentir durante a noite.

 Estratégias de Pneus
Do ponto de vista da estratégia de pneus, os Scorpions macios foram inevitavelmente a única escolha real. A nível dos pneus sobressalentes, quase todos os pilotos do Rally1 optaram por dois. No entanto houve algumas exceções, começando com a última secção de domingo, quando muitos pilotos, com o objetivo de alcançar o máximo de pontos na powerstage, transportaram apenas um pneu extra (Dani Sordo, Thierry Neuville, Ogier) e até  mesmo quatro, no caso de Esapekka Lappi.

O mesmo aconteceu na sexta-feira. Pela manhã, alguns pilotos saíram com apenas um sobressalente, e à tarde apenas Ogier arriscou enfrentar as segundas passagens do dia com apenas um pneu no porta-malas. Foi uma aposta que se revelou vencedora e que de facto constituiu a viragem de toda a prova: o peso mais baixo permitiu a Ogier passar para a frente de Rovanpera e consolidar a vantagem.

Terenzio Testoni, responsável pelas de atividades de Rali da Pirelli afirmou: “Pensávamos que os Scorpion Macios, de longe o tipo de pneu mais utilizado nesta temporada e na última, já tinham visto de tudo. Mas não, faltava a verdadeira lama, abundante e profunda, como a que encontrámos nesta edição do Rali do Quénia, decididamente mais desafiante do que nos de 2021 e 2022, embora em linha com a famigerada dificuldade do Safari. Os Scorpions proporcionaram aderência mesmo nessas condições, e resistiram às batidas constantes. Devo dizer que raramente na minha carreira vi todos os pneus marcados por lombadas e cortes, como nesta corrida. Na inspeção, no final do dia, não havia um pneu que não mostrasse feridas superficiais de algum tipo. No entanto, os pneus Scorpion Macios confirmaram mais uma vez a sua fiabilidade e robustez, combinadas com as características de desempenho esperadas de um pneu macio.”