Vendas do Grupo Michelin crescem 13,2% no primeiro trimestre

Para 2024, o Grupo Michelin mantém as suas previsões com resultados operacionais superiores a 3500 milhões de euros

Num mercado turbulento como o dos pneus com as elevadas entradas de pneus low-cost, a abordagem do Grupo, baseado no valor, gerou um forte aumento do mix. Segundo a análise da empresa:

– O mercado de pneus esteve positivo no primeiro semestre, impulsionado pelas importantes exportações de pneus asiáticos para os mercados de substituição (RT). Os mercados de equipamentos de origem (OE) registaram uma forte queda no segmento B2B, com uma descida gradual no segmento B2C. Mercados de Soluções de Polímeros Compostos (PCS: Polymer Composite Solutions) temporariamente débeis por comparação com os elevados niveles observados no primeiro semestre de 2023;

– O foco do Grupo em segmentos e regiões geradores de valor traduziu-se numa forte melhoria de 1,9% no mix, mais do que compensando o impacto nos preços das cláusulas de indexação nos negócios sob contrato;

– As vendas foram de 13500 milhões de euros e menos 3,1% a taxas de cambio constantes.

O resultado operacional dos sectores alcançou 13,2% das vendas, face a 12,1% no primeiro semestre de 2023, impulsionado pela melhoria do mix e pela redução dos custos operacionais:

– Margem operacional do segmento Turismo-Comerciais ligeiros continua a aumentar, apesar do impacto negativo das cláusulas de indexação, suportada pela melhoria permanente do mix;

– Forte recuperação das margens no segmento dos camiões, com uma evolução dos preços e do mix, graças a uma abordagem centrada em mercados específicos, e a um contributo crescente das soluções conectadas;

– Segmento de especialidades registou uma elevada margem de 16,8% num ambiente desfavorável: debilidade dos mercados de equipamento de origem beyond the road, impacto negativo das cláusulas de indexação de preços, e elevada base de comparação relativamente a 2023 nos sectores de mineração e PCS;

– Evolução favorável dos custos de exploração em todas as linhas de negócio, principalmente matérias-primas, energia e frotas marítimas.

O cash flow livre antes de aquisições de 669 milhões de euros, resultado de uma gestão rigorosa do negócio:

– O EBITDA ascendeu a 2800 milhões de euros, 20,4% das vendas, o que representa um aumento de 1,6 pontos face ao primeiro semestre de 2023;

– Necessidades de capital circulante beneficiaram de uma gestão rigorosa das existências;

– Mantêm-se as previsões para todo o ano.

Para este ano, as previsões do Grupo mantêm-se, com um resultado operacional dos setores de negócio superior a 3500 milhões de euros a taxas de cambio constantes, e cash flow livre antes de aquisições superior a 1500 milhões de euros.

“Num ambiente económico que continua a ser especialmente instável, a Michelin teve um primeiro semestre muito sólido. Estes resultados permitem-nos manter os nossos objetivos para 2024. Quero agradecer às nossas equipas a sua capacidade de adaptação e o seu compromisso. Estou convencido de que a nossa abordagem, baseado no valor, que nos posiciona nas atividades e mercados com um valor acrescentado muito elevado, é a correta. Prosseguindo as suas transformações ambientais e tecnológicas, e colocando as pessoas no centro de todas as suas decisões, a Michelin está dando a si própria todas as vantagens para ter êxito na sua estratégia ‘Michelin in Motion 2030”, declarou Florent Menegaux, presidente do grupo Michelin.