Saiba tudo sobre limpeza e higienização de veículos

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Passaram oito meses desde o avanço da pandemia na Europa. Ao longo deste tempo, várias empresas do sector automóvel foram afetadas pelo coronavírus. As oficinas não foram exceção.

Por mais máscaras e luvas que possamos usar, não será fácil regressar em força aos antigos hábitos. A população tem receio e os condutores não se sentem seguros em deixar as chaves dos automóveis nas oficinas. Há práticas que foram abandonadas e que agora têm, forçosamente, que regressar. Falamos em coisas básicas que faziam parte do quotidiano, como levar o carro à revisão, mudar o óleo, mudar os pneus, entre outros.

As oficinas estão a adaptar-se a uma nova realidade. Entre correr o risco de fechar ou alterar formas de trabalho, muitas foram as que puseram em prática um plano de contingência, que vai desde a receção da viatura até à entrega, passando por uma limpeza mais regular e assídua das instalações.

Cabe à oficina não só garantir a saúde dos mecânicos, assegurando que não serão infetados ao manusear o carro de condutores contaminados, como têm de assegurar que os seus clientes, além de saírem da oficina com pneus novos e óleo a estrear, não levam para casa um vírus que não pediram e que durante semanas tentaram evitar.

Plano de limpeza e higienização
Para que isto não aconteça há certas medidas que têm que ser adotadas. Em primeiro lugar, cada organização deve estabelecer um plano de limpeza e higienização das instalações, assim como os procedimentos de trabalho que os funcionários devem seguir, nomeadamente a distância mínima de dois metros entre colaboradores e/ou clientes. Deverão ser escrupulosamente respeitadas e fomentadas as medidas de distanciamento social, mesmo entre colegas.

As oficinas que mantenham a atividade devem atender, com prioridade, idosos e grupos de risco, assim como profissionais de saúde, elementos das forças e serviços de segurança, de proteção e socorro, pessoal das forças armadas e de prestação de serviço de apoio social. Deve ser privilegiado o atendimento e agendamento telefónico ou por via eletrónica, de modo a minimizar o contacto presencial de clientes. Cada colaborador deverá ter equipamento de proteção adequado (luvas, máscara respiratória com filtragem FFP2 e vestuário de utilização exclusiva para o trabalho). A roupa de trabalho não deverá ser levada para casa, e idealmente deverá ser lavada no final de cada dia.

As oficinas oficiais, as que estão integradas nas redes de concessionários da marca, estão obrigadas a manter um nível de serviços e de cuidados que é controlado pelo próprio fabricante. No entanto, deve-se referir que o risco continua a existir.

Da teoria à prática
A entrega e recolha da viatura deve sempre ser efetuada no exterior das instalações das oficinas. De seguida, deverão ser colocados resguardos descartáveis de volante, comandos e bancos antes da utilização da viatura. Após a limpeza/desinfeção inicial, o rececionista deverá higienizar as suas mãos, lavando as mesmas (ou recorrendo a desinfetante específico). Sempre que possível, cada trabalhador deverá ter disponível e utilizar uma única área/zona de trabalho e ferramentas de utilização individual. Deverão ser limpas frequentemente as superfícies de trabalho, nomeadamente bancadas, bem como ferramentas de utilização comum, tanto antes de utilizar, como após essa utilização. Se uma superfície apresentar sinais de sujidade, deve ser limpa com água e sabão antes de ser desinfetada.

A necessidade de intervenção numa viatura por vários colaboradores deverá sempre que possível ser efetuada em separado, respeitando as regras de limpeza/higienização referidas anteriormente, por cada utilizador. No caso da necessidade de intervenção simultânea, deve manter as regras de distanciamento social e etiqueta respiratória. Sendo  esta impossível, deve utilizar os equipamentos de proteção individual. A receção/devolução de peças de fornecedores deverá ser encarada de forma similar à receção/entrega de veículos de clientes.

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