“Apenas o conhecimento pode ajudar a superar as adversidades”, Aldo Machado, Nex Tyres

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2023 voltou a ser um ano bastante positivo para a Nex Tyres. O mercado tem aproveitado os níveis elevados de circulação automóvel para manter um crescimento muito interessante e a Nex acompanhou esta evolução. A Revista dos Pneus, esteve à conversa com Aldo Machado, Diretor Geral da empresa, que nos revelou os segredos para este crescimento

Aldo Machado, diretor geral, considera que “Estamos num período conturbado em que apenas o conhecimento pode ajudar a superar as adversidades. A gestão de todos os recursos (humanos, financeiros e materiais) está atualmente num nível de exigência tão (ou mais) nivelado do que o conhecimento técnico. Esse conhecimento em conjunto com a digitalização e uma dedicada gestão da base de dados será vital para garantir o presente e almejar o crescimento futuro.”

A Nex é um operador multimarca e multissegmento, apresentando um portfolio abrangente desde o pneu mais económico ao premium em todos os segmentos de mercado onde atua. Ainda assim possui marcas em regime de comercialização exclusiva cuja presença no mercado é altamente reconhecida como a Kleber e Avon em pneus ligeiros, Kumho e Blacklion em pneus pesados e Ozka e Camso para os especialistas em agricultura e industrial.

Para Aldo Machado, diretor geral “No setor dos pneus a digitalização é uma realidade desde há vários anos, sentindo inclusive que foi um mercado que esteve sempre bastante dinâmico nesse aspeto. No entanto, a atualização das ferramentas atuais está neste momento em grande ritmo na Nex com a renovação do atual portal B2B.”

O Diretor Geral, não tem dúvidas de que as oficinas estão preparadas para montar os pneus comprados online pelos clientes, mas se estão dispostas a perder o controlo da relação com o cliente e a venda direta isso “é outra conversa”. Afinal de contas a prestação de um serviço a alguém que adquire um produto a uma entidade terceira irá ocupar o “espaço” de um cliente que está fidelizado ou que esteja na eventualidade de se fidelizar… Para este responsável “No curto prazo os maiores desafios para o comércio grossista de pneus em Portugal são o risco de crédito e a desvalorização dos stocks. A médio/longo prazo notam-se alterações estratégicas de muitos produtores no acesso ao mercado que trarão riscos acrescidos, isto para além da falta de mão-de-obra em geral e pela dificuldade de atrair as novas gerações para este negócio que não possui uma grande “visibilidade”.

Embora Aldo Machado reconheça que há um desenvolvimento tecnológico associado aos veículos elétricos que, em teoria, beneficiará a distribuição de pneus pelo seu poder de armazenamento. No entanto o parque circulante nacional é cada vez mais antiquado e a penetração deste novo segmento ainda será pouco representativa durante os próximos anos.

Para o futuro “O comportamento do mercado deverá estar fortemente condicionado durante algum tempo pelas contingências financeiras, nomeadamente ao nível do financiamento das estruturas e do risco de crédito. Os elevados custos atuais e o aumento das insolvências poderão complicar o futuro próximo, isto para além da perda do poder de compra da generalidade da população.

Fique a par de toda a informação completa aqui, na edição impressa da Revista dos Pneus, de dezembro 2023.