“Temos de apreender a viver neste novo normal o mais rápido possível”, José Azevedo da Mota, Pneurama

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A Pneurama, ativou um plano de contingência com medidas de máxima prevenção de higiene para evitar qualquer contágio. Numa fase inicial, as equipas comerciais estiveram em teletrabalho e, nas instalações, a equipa foi dividida em três grupos.

Devido a um enorme esforço de adaptação da equipa, a empresa conseguiu manter a qualidade do serviço. O compromisso que assumiu de ter um stock muito forte, permitiu satisfazer as necessidades dos clientes. No entanto, devido ao confinamento, teve uma enorme perda

de receita, principalmente em abril. Publicou um comunicado, no início do Estado de Emergência, com a seguinte mensagem: ‘Viver em segurança, mas continuar a viver’, porque considera que tanto o isolamento social como o confinamento vão ter um enorme impacto na vida da sociedade e que temos de apreender a viver neste ‘novo normal’ o mais rápido possível.

Que meios utilizam para manter o contacto com os clientes?
O lema da Pneurama é “Construindo Relações Fortes”, logo tínhamos sempre de dar prioridade ao contacto com clientes. Dito isto numa primeira fase as equipas comerciais estavam em contacto por telefone e e-mail. Numa segunda fase em que houve maior liberdade de movimentos continuamos a contatar os nossos clientes por telefone e email, no entanto começamos a fazer visitas presenciais sempre que necessário respeitando todas as regras de higienização. Temos stock de equipamento sanitário muito completo e se for preciso compramos mais.

Como estão a apoiar os vossos clientes neste momento difícil que o mercado está a viver?
A Pneurama sempre teve um mandato de ter um serviço premium para os nossos clientes. Que passa por entregas rápidas, flexibilidade total á necessidade do cliente e boas praticas comerciais. Nesta crise, estes valores não se alterarão.

Que boas práticas estão a ser implementadas pela Pneurama para conseguir manter a atividade em segurança?
A Pneurama tem bastante equipamento de proteção sanitária para toda a sua equipa, no entanto se for preciso compramos mais. No início da crise sanitária discutimos boas praticas de segurança no nosso comportamento neste momento temos todos bastante consciência do que devemos fazer para nos protegermos a nós e aos que nos são próximos.

É possível contabilizar já os prejuízos causados pela Covid-19?
É possível dizer que o mês de abril sofreu uma quebra de volume de negócio muito anormal. No entanto também aproveitamos esse período para fazer melhoramentos aos nossos processos operativos, à seleção de marcas a gamas de produtos que possam melhorar o produto oferecido pela Pneurama e arrancamos uma 2ª fase do processo de digitalização que será muito importante no nosso futuro.

Para quando antevê a retoma do setor? E de que forma?
Primeiro queremos confirmar que a Pneurama está preparada para uma retoma rápida ou lenta. Por um lado, temos um stock muito forte para poder fornecer o nossos clientes no imediato, por outro lado também temos uma disciplina financeira que nos pode permitir aguentar um lenta recuperação da economia. A nossa previsão é que haja uma recuperação gradual da economia muito indexada ao desconfinamento. E é possível que haja um melhoramento da atividade económica do nosso sector em setembro de 2020 quando as escolas abrirem. Principalmente pelo fato de haver a necessidade de mobilidade de cerca de 1 milhão de crianças.

Na sua opinião, o que vai acontecer ao setor dos pneus em Portugal pós Covid-19?
No pós Covid-19 a procura de pneus pode sofrer um quebra por 2 fatores uma menor mobilidade dos portugueses devido ao teletrabalho e uma redução no poder de compra. Na nossa opinião gradualmente o tamanho do mercado recuperará os níveis pré-covid em 18 a 24 meses.

Que mensagem deseja transmitir ao setor para o futuro?
Viver em segurança, mas continuar a viver. Precisamos de aprender a viver com as novas regras de higiene e no entanto trabalhar o mais normal possível.