“Ainda é cedo para fazer contas aos efeitos da Covid-19”, José Enrique Carreiro, RS Contreras

09 - José-Enrique-Carreiro-diretor-geral-da-RS-Contreras

A RS Contreras distingue duas fases na situação originada pela pandemia: uma inicial onde não tinha nenhum tipo de perspetiva de quanto tempo poderia durar a situação de confinamento e por conseguinte com uma incerteza e preocupação total e uma segunda fase a partir da segunda quinzena de Abril onde já conseguiu sentir sinais de reinício da atividade e começou a ver a luz ao fundo do túnel.

O que mudou na atividade da RS Contreras?
Em primeiro lugar a lógica e drástica diminuição da nossa atividade e volume de negócios. Por outro lado, tivemos que adaptarmos a uma nova realidade com muitos dos colaboradores em casa em regime de teletrabalho. Tem sido uma experiência nova, mas muito enriquecedora.

Como está a necessidade de isolamento social a impactar na atividade da RS Contreras?
Evidentemente com as pessoas confinadas em casa sem poder sair, a venda de pneus ressentiu-se de forma significativa.

Mesmo com toda esta conjuntura, conseguimos garantir a nossa elevada qualidade de serviço na zona de Lisboa com as nossas viaturas e mantivemos o serviço Take Away no nosso armazém durante toda a crise. O que tem sido uma grande ajuda e suporte para os nossos parceiros.

Que meios utilizam para manter o contacto com os clientes?
O nosso meio de comunicação principal é a nossa web, pois continua a ser o meio privilegiado pelos nossos clientes. Também destacaria a nossa rede comercial que pese a estar em casa em teletrabalho tem estado a acompanhar diariamente via telefónica e por outros meios digitais, as necessidades e preocupações dos nossos clientes. O call center também tem estado em grande nível.

Como estão a apoiar os vossos clientes neste momento difícil que o mercado está a viver?
A nossa principal preocupação foi manter a qualidade de serviço de entregas.  Temos assessorado aos nossos clientes em questões legais, burocráticas e de apoio financeiro. Os nossos parceiros têm sentido que estamos cá para apoia-los naquilo que for preciso.

Que boas práticas estão a ser implementadas pela RS Contreras para conseguir manter a atividade em segurança?
Temos seguido todas as indicações dadas pela DGS e temos tido assoreamento externo através da nossa empresa especializada em higiene e segurança no trabalho.  O nosso principal foco é garantir a saúde e segurança dos nossos colaboradores e parceiros.

É possível contabilizar já os prejuízos causados pela Covid-19?
Penso que ainda é um pouco prematuro. O que posso adiantar é que este ano vai ser um ano perdido para todos.

Para quando antevê a retoma do setor? E de que forma?
É difícil fazer grandes conjeturas neste momento porque até a vacina ser uma realidade, podem existir outras vagas de contágio e podemos ter que voltar a dar passos atras.   Se a situação evoluir de uma forma normal, a retoma irá acontecendo de forma gradual acompanhando a reativação do resto da economia.  Penso que no início de Abril o mercado bateu no fundo e desde então temos ido subindo de uma forma gradual e constante.

Na sua opinião, o que vai acontecer ao setor dos pneus em Portugal pós Covid-19?
O sector dos pneus não será diferente a outros sectores, e é previsível que a crise afete a muitas empresas, criando grandes dificuldades financeiras e provocando o fecho de algumas. De todas as formas como em todas a s crises haverá aqueles (espero que muitos) que sobrevivam e que saiam reforçados.

Que mensagem deseja transmitir ao setor para o futuro?
Gostava de transmitir uma mensagem de tranquilidade e de confiança. É verdade que atravessamos momentos difíceis e de incerteza, mas com trabalho, esforço e boa gestão conseguiremos sair desta difícil situação, saindo reforçados e mais preparados para confrontar o nosso futuro.